segunda-feira, 17 de outubro de 2011




Sabe o que é pensar que jamais irá fazer algo, mas acaba que você faz ? Então. Foi assim. Você tenta conter a dor, mas ela te domina. Ela fica ali martelando o seu coração, a sua mente. É algo paranóico. Completamente maluco. E ela não passa, por mais que você tente fazer algo. Nada mais adianta. A dor faz moradia em seu peito. E você já não suporta mais tudo, não agüenta mais essa maldita dor. E então encontramos nosso mais nova melhor amiga: a lâmina. O primeiro corte é baseado no medo, mas então a dor some, como mágica. E se cortar passa a ser algo ironicamente “bom”. É a única coisa que ajuda. Ás vezes a vergonha aparece, o medo dos julgamentos é contínuo. E então a dor começa a ficar “imune” a cortes superficiais, e, no desespero, os cortes ficam mais fundos, mas sangue perdido, mas dor física, menos dor psicológica. E se cortar começa a ficar mais freqüente. Você começa a querer parar. Tarde demais. Se cortar torna um vício. E o mundo lá fora não ajuda muito. Julgamentos idiotas, críticas estúpidas, pessoas passam a te ignorar, outras te deixam. E no final, poucas te estendem a mão. E são várias vezes que dizemos a nós mesmo “Essa será a última vez”, que até perdemos as contas, pois nunca é. Sempre vai ter alguma palavra, algum gesto que nos machuque, que nos deixe tão frágil, tão machucado a ponto de nos fazer sangrar novamente.
Desabafo.

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