segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Uma vez, me decepcionei. Mas não foi uma decepção qualquer, foi uma decepção que arrancou de mim uma esperança que carregava em um tempo longo que estive com você. Ouvi palavras ditas com clareza que você estava com outro alguém a mais tempo que eu imaginei, a mais tempo do que eu imaginava … Meu coração disparou, fiquei nervosa e sem reação do que fazer. Minha mão tremula, e na hora quem eu mais precisava não percebeu, nem se quer me abraçou. Engoli as lágrimas junto com o soluço do choro.
Pensamentos vazios comecei a andar com destino para uma ajuda, eu precisava me entregar para o Álcool e os Cigarros. Parecia ser os meus melhores amigos, mesmo tendo a consciência de que eles não eram. Você assistiu eu sofrer. Assistiu minha sessão de tortura, e nem se quer fez nada …
O álcool me fez rir, enquanto eu queria chorar, o cigarro me fez viajar um pouco, e esquecer de que aquilo estava acontecendo, porém me trazia as sigilosas lembranças do passado. As tais lembranças que fazia eu pensar em você, que me fazia pensar que você iria me abraçar e dizer que se arrependeu por me deixar. Eu pensei que você iria me dizer palavras que me confortasse, mas mais uma vez, eu fui enganada pelo medo.
Aquela verdade parecia me machucar. Parecia me machucar mais que cortes, e me deixou cicatrizes por dentro como por fora.
Meus passos pareciam enrolar entre as pernas, mal conseguia voltar para casa, e muito menos olhar em seu rosto por causa das lágrimas.
Minha mão com sede de me torturar, faziam meus braços aparecerem arranhões que ficaram até a noite. E mais uma vez o sangue sujou lenções e roupas. Remédios tomaram conta do meu corpo, e dessa vez eu senti sono. E então desmaiei sobre o banheiro enquanto tomava banho. Acordei enjoada por conta das doses que eu tomei sem piedade.
Estava entregue, poderiam fazer o que quiser comigo. Estava mais fraca que o normal, mas com força suficiente para me alto destruir (era o que eu mais queria naquele momento).
E mais uma vez queria me ver sangrar. Queria sentir a dor. Mas mais uma vez os remédios não deixaram, e mais uma vez desmaiei sobre a cama e adormeci com lágrimas em meus olhos.
Um lado da minha mão o instrumento para a dor, e no braço as marcas do sofrimento.
                              

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